terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sem perdão

"Para coração

Não sofre

Não chora

Esquece mais essa desilusão


Ele não merece não

Uma lágrima

Uma saudade

Mais uma vez o seu perdão"

As despedidas

Li agora a pouco trechos de uma carta divulgada pela família da atriz Leila Lopes, que morreu na semana passada. Ela se dizia feliz, mas queria encontrar-se com Deus. Agradeceu a vida que teve e o amor que recebeu de amigos e familiares.


Não consigo imaginar o sofrimento ou o peso sobre os ombros que leva alguém a decidir colocar fim à própria vida. Nem posso mensurar o tamanho do desespero no peito da pessoa que arquiteta um suícidio.


Dor, decepção, desilusão, angústia, depressão. São tantos os motivos ou justificativas que traduzem esse ato final que não consigo ter a dimensão do que significa para alguém realmente propenso a terminar com a sua história pessoal.


Tenho um desejo de vida tão grande, que quero fazer de cada segundo o mais importante da minha trajetória. Nem quero conjecturar sobre quando irá acabar. Quero apenas viver.
Porém, não julgo quem coloca um ponto final na própria vida. A dor na alma de cada pessoa só ela é capaz de entender e de saber o quanto pode suportar.


Eu vivo as minhas desilusões e tristezas como quem passa por uma tempestade, toma aquele banho de água fria e depois espera que o sol apareça para secar o rosto ainda molhado.


Chove lá fora agora.